A VISÃO ESPIRITA DE FINADOS
Para muitos, finados representa apenas mais um feriado, uma oportunidade de descansar, viajar, ou até mesmo colocar a agenda pessoal em dia. Para os católicos, o dia de reverenciar os entes queridos, amigos, pessoas que não vivem mais no plano físico.
A ideia de lembrar os “mortos”
surgiu ainda no século I, através dos seguidores de Jesus que costumavam rezar
para os mártires do cristianismo já desencarnados, o que mais tarde ganhou
força quando a Igreja Católica estabeleceu uma data para orar por todos os falecidos,
principalmente aqueles esquecidos pela família. Nascia assim o dia de finados,
onde os vivos visitam os despojos carnais daqueles que partiram para do plano físico, homenageando-os com flores,
velas e orações.
E para nós espíritas, o que
representa esta data? Busquemos a resposta em o Livro
dos Espíritos:
2ª Parte, Capítulo VI – Da vida Espírita - Comemoração dos Mortos, Funerais:
2ª Parte, Capítulo VI – Da vida Espírita - Comemoração dos Mortos, Funerais:
320. Sensibiliza os Espíritos o lembrarem-se deles
os que lhes foram caros na Terra?
“Muito mais do que podeis supor.
Se são felizes, esse fato lhes aumenta a felicidade. Se são desgraçados,
serve-lhes de lenitivo.”
321. O dia da comemoração dos
mortos é, para os espíritos, mais solene que os outros dias? Apraz-lhes ir ao
encontro dos que vão orar nos cemitérios sobre seus túmulos?
“Os espíritos acolhem neste dia o
chamado dos que da terra lhe dirigem seus pensamentos, como fazem noutro dia
qualquer.”
a)
Mas o de finados é, para eles, um dia
especial de reunião junto a suas sepulturas?
“Nesse dia, em maior número se
reúnem nas necrópoles, porque então também é maior, em tais lugares, o das
pessoas que os chamam pelo pensamento. Porém, cada espírito vai lá somente
pelos seus amigos e não pela multidão dos indiferentes.”
b)
Sob que forma ai comparecem e como os
veríamos, se pudessem tornar-se visíveis?
“Sob a que tinham quando encarnados.”
322. E os esquecidos, cujos túmulos ninguém vai visitar, também lá, não
obstante, comparecem e sentem algum pesar por verem que nenhum amigo se lembra
deles?
“Que lhes importa a Terra? Só pelo coração nos achamos a
ela presos. Desde que aí ninguém mais lhe vota afeição, nada mais prende a esse
planeta o Espírito, que tem para si o Universo inteiro.”
Certamente não necessitamos de uma data específica para rememorar os espíritos desencarnados que nos
são caros. É importante esclarecer que todos nós, através do pensamento, podemos emitir boas vibrações aos irmãos desencarnados. Somos como antenas de TV que emitem e captam sinais em diferentes frequências ou padrões vibratórios, desta maneira exercemos influência direta sobre o plano espiritual e vice versa.
Essa troca de energia pode acontecer em qualquer lugar e por isso não se faz necessário ir até o cemitério para realizar as nossas orações, uma vez que o espírito não permanece junto ao sepulcro. Basta mentalizar nossas preces em qualquer local, desde que façamos com o coração.
Essa troca de energia pode acontecer em qualquer lugar e por isso não se faz necessário ir até o cemitério para realizar as nossas orações, uma vez que o espírito não permanece junto ao sepulcro. Basta mentalizar nossas preces em qualquer local, desde que façamos com o coração.
O Livro dos Espíritos ainda nos
alerta que temos de recordar dos espíritos desencarnados sempre com bons
sentimentos, para que estes não se aflijam com o nosso sofrimento. A saudade é
perfeitamente compreensível e segundo Chico Xavier, fere nos dois mundos, mas a tristeza, o desespero e a dor da perda daqueles
que ficaram demonstra falta de confiança em Deus e pode incomodar o espírito que
partiu, interferindo em seu progresso no mundo espiritual.
O que nos parece claro, independentemente das diferentes manifestações de carinho, as quais indubitavelmente são recebidas pelos espíritos, é a crença na imortalidade da alma por todas as religiões, do contrário seria uma enorme contradição homenagear quem já não vive mais.
Referências:
O Livro dos Espíritos -Allan Kardec
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